Manifesto aqui minha indignação por ter constatado, mais uma vez, o desrespeito com que o articulista Maicon Tenfen, do Jornal de Santa Catarina, tem se referido à Igreja Católica, a qual represento na Diocese de Blumenau (que compreende 13 municípios, com um total de 460 mil fiéis).
Minha indignação refere-se ao artigo Igrejas (Santa, 27 de setembro). Nela, o referido articulista destila o rancor e o preconceito que nutre contra a Igreja Católica, valendo-se, gratuitamente, de expressões ofensivas e comparações despropositadas.
Instituída por vontade divina, esta Instituição congrega seres humanos, constituídos de natureza limitada e que, esforçando-se por alcançar a perfeição, falham e erram. Disto, a Igreja tem plena ciência, tanto que suas mais eminentes autoridades, especialmente o Pontífice atual, designado sarcasticamente pelo colunista de o “poderoso”, e o que lhe antecedeu, têm apontado publicamente seus defeitos e pecados. Porém, tomar tal realidade e por ela comparar a Igreja a uma organização criminosa como a Máfia Italiana é um despropósito.
Ao fazer esta comparação, o colunista, além de explicitar má-fé, demonstra ignorância sobre uma e outra organização. Desrespeita a honra e dignidade de milhões de seres humanos que, ao longo dos séculos, construíram a Igreja Católica e fizeram dela um farol a iluminar a humanidade. Ignora, também, a realidade da máfia da qual eu, como filho da Itália, testemunhei o medo e o terror que semeava e que semeia entre a pobre população do Sul de meu país natal.
Ao fazer esta comparação, o colunista, além de explicitar má-fé, demonstra ignorância sobre uma e outra organização. Desrespeita a honra e dignidade de milhões de seres humanos que, ao longo dos séculos, construíram a Igreja Católica e fizeram dela um farol a iluminar a humanidade. Ignora, também, a realidade da máfia da qual eu, como filho da Itália, testemunhei o medo e o terror que semeava e que semeia entre a pobre população do Sul de meu país natal.
Onde vai parar o dízimo da Igreja? Basta que o autor destas inadequadas manifestações lance um olhar sobre a imensa obra social que a Igreja realiza em nosso país, fazendo dela a maior entidade de assistência social depois do Estado brasileiro.
O exercício do direito fundamental à liberdade de expressão não pode servir de mote ou esconderijo para aqueles que, impunemente, pretendem violar outros direitos fundamentais dos seres humanos e, por extensão, suas organizações, tais como o direito à dignidade, ao bom nome e o direito a conhecer a verdade.
Dom José Negri
Bispo Diocesano de Blumenau
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